A técnica de microagulhamento compreende promoção de milhares de micropunções com agulhas de mínimo calibre (0,5 a 2mm) sobre a pele sã.
Através destas micropunções, observa-se o desencadear de dois principais efeitos sobre o organismo:
1 – Criação de pequenos canais através da camada córnea da pele, aumentando em mais de 10.000 vezes a absorção dos produtos aplicados sobre ela.
2 – Produção endógena de colágeno e regeneração tecidual.
Quando da agressão local pelas agulhas, ocorre ativação da cascata de coagulação visando o controlar as pequenas lesões causadas nos microvasos da derme, quimioestimulação de leucócitos e recrutamento de fibroblastos.
Neutrófilos agem no local removendo os debris, colágeno velho ou lesionado e os microtrombos. Em paralelo ocorre ativação de fibroblastos que iniciam produção de colágeno e elastina novos.
Para que haja reepitelização completa há ainda ativação de queratinócitos que, quando agrupados, reestruturam a membrana basal e iniciam a produção de colágeno tipo IV e VII.Ainda em decorrência da agressão mecânica, há incremento da produção de substâncias vasodilatadoras locais, resultando em aumento fluxo de sangue e, conseqüentemente, da oxigenação tecidual.
Quanto a idade mínima para utilização não há na literatura nenhuma referência a um mínimo de idade necessário, porém, como em todos os tratamento estéticos invasivos, prefiro fazer apenas após a maioridade ou, caso estajam acompanhados de responsáveis maiores de idade, à partir dos 16 anos.
Indicado para tratamento de:
- Rejuvenescimento facial
- Diminuição de rugas e linhas de expressão
- Tratamento de acne não inflamatória e de cicatrizes de acne
- Tratamento de cicatrizes
- Celulite
- Estrias
Vantagens:
- Aumento da produção de colágeno
- Suavização de cicatrizes
- Realinhamento e restauração das ligações (pontes) antigas de colágeno.
- Preservação da epiderme durante o procedimento
- Não causa dano permanente à pele
- Pode-se controlar a dor durante o procedimento
- Não causa sangramento importante
- Baixo risco de infecção
- Ausência de risco de causar discromias
- Após 24-48 horas do procedimento, pode-se aparecer em público sem que se perceba a realização do procedimento
- Necessita de apenas 3-5 dias de afastamento total ao sol
Qual e periodicidade das aplicações? Quais os cuidados devo tomar após o procedimento? Há contra-indicações?
Isso vai depender do tamanho da agulha e do tipo de pele.
Logo após o procedimento deve-se evitar o uso de cosmecêuticos e cosméticos (exceto àqueles orientados pelo profissional que realizou o procedimento) assim como deve-se evitar a exposição solar nos primeiro 3 a 5 dias.
O uso de fotoproteção é essencial, assim como em todas as outras técnicas de tratamentos estéticos (devemos lembrar que o uso de protetor solar deve existir independente de estarmos realizando qualquer que seja o tratamento).
Como em todo procedimento há contra-indicações com as quais devemos estar atentos. Podemos citar a presença de lesões cancerígenas, verrugas, hiperqueratose solar, psoríase, infecção no sítio de aplicação (ainda que sejam lesões acneicas infectadas), herpes ou acne ativa, uso de anticoagulantes e distúrbios de coagulação. Apesar de não ser contra-indicação, evito o uso em diabéticos e imunodeprimidos em função da maior facilidade de adquirirem infecção.
O Microagulhamento pode ser aplicado em clínicas de estética? Quais os profissionais estão aptos para aplicá-lo?
O Procedimento é realizado em caráter ambulatorial, clínicas e consultórios, não necessitando de centro cirúrgico ou ambiente hospitalar para a sua aplicação. Deve ser realizado por profissional habilitado a realizá-lo, pois apesar de parecer de simples aplicação, trata-se de uma procedimento invasivo, onde há lesão de camadas da epiderme e agressão da derme.
Podermos considerar um tratamento seguro? Há risco de contaminação? Dói muito?
Podemos sim considerar um tratamento seguro, desde que aplicado por profissional capacitado e com a devida técnica necessária.
Como em todo procedimento que causa invasão e contato com a derme, caso não sejam tomadas as medidas de assepsia e caso o procedimento não seja realizado com técnica asséptica, pode sim ocorrer infecção, principalmente em indivíduos imunossuprimidos, diabéticas e caso haja infecção prévia no sítio de aplicação.
Como trata-se da aplicação de agulhas, o procedimento causa dor. Por isso, utilizamos de técnicas de analgesia e anestesia locais para que o paciente não sinta dor durante o procedimento. Isto faz com que o paciente fique confortável e sem dor durante a aplicação.
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